Resultados

Brasil - Campeonato Amazonense 03/30 19:30 3 [1] Manauara EC v Nacional AM [4] L 1-0
Brasil - Campeonato Amazonense 03/24 18:45 5 [5] Operário AM v Nacional AM [4] D 2-2
Brasil - Campeonato Amazonense 03/20 19:45 4 [4] Nacional AM v Unidos do Alvorada [3] D 0-0
Brasil - Campeonato Amazonense 03/16 19:45 3 [3] Nacional AM v Manaus [1] D 1-1
Brasil - Campeonato Amazonense 03/01 00:00 1 Amazonas FC v Nacional AM D 0-0
Brasil - Campeonato Amazonense 02/17 00:00 2 Amazonas FC v Nacional AM L 2-1
Brasil - Campeonato Amazonense 02/10 19:30 3 Manaus v Nacional AM W 0-1
Brasil - Campeonato Amazonense 02/06 19:30 5 Rio Negro AM v Nacional AM W 0-1
Brasil - Campeonato Amazonense 02/03 19:30 4 Nacional AM v Parintins D 1-1
Brasil - Campeonato Amazonense 01/27 19:30 3 Nacional AM v Princesa do Solimões EC D 1-1
Brasil - Campeonato Amazonense 01/24 19:30 2 Manauara EC v Nacional AM D 0-0
Brasil - Campeonato Amazonense 01/20 19:30 1 Nacional AM v São Raimundo AM D 2-2

Estat.

 TotalCasaVisitante
Partidas disputadas 30 14 16
Wins 13 8 5
Draws 11 6 5
Losses 6 0 6
Goals for 38 24 14
Goals against 23 9 14
Clean sheets 14 7 7
Failed to score 8 2 6

Nacional Futebol Clube, ou simplesmente Nacional, é um clube esportivo brasileiro, com sede na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas. Foi fundado oficialmente em 13 de janeiro de 1913 com o objetivo de ser o clube dos brasileiros no futebol, numa época onde esta modalidade era dominada pelos ingleses que viviam na capital amazonense. Tem como cores oficiais o azul e o branco, e seus mascotes são a águia e o leão, este último o mais reconhecido e, por isso, o clube é conhecido pela sua torcida como o "Leão da Vila Municipal", ligando o ao então bairro da Vila Municipal (atual Adrianópolis), onde fica sua sede social.

É um dos clubes mais tradicionais da região norte, sendo o recordista em número de títulos estaduais amazonenses de futebol desde 1918, contando atualmente com 43 conquistas, incluindo um hexacampeonato entre 1976 e 1981. Foi o primeiro clube do Norte do país a disputar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, e é a equipe amazonense que mais disputou essa divisão principal do futebol nacional, tendo disputado um total de 14 edições da competição. Na Copa do Brasil, o Nacional esteve em 16 edições, também um recorde para equipes locais. Há ainda conquistas importantes no futsal, vôlei, basquete e outros, tornando sua presença página importante da história poliesportiva do estado, como um todo.

É também o clube dono da maior torcida no Amazonas entre equipe locais e a terceira maior da região norte. Seu principal rival esportivo é o Rio Negro, com quem mantém a maior rivalidade do futebol amazonense e um dos maiores clássicos do norte do país.

History

Fundação

Em 13 de Janeiro de 1913, um grupo de jovens e senhores motivados pelo futebol, liderados por Manoel Fernandes da Silva, o "Fernandinho", se reuniu para tratar da fundação de um novo clube esportivo. Nesta reunião houve mais de 20 presentes, muitos destes mais tarde obtiveram destaque na sociedade manauara, seja em suas profissões ou na política. Eram eles:

  • Adail Valente, Althberto Rocha, Antônio Craveiro, Cícero Costa, Coriolano Durand, Crisólogo Gastão de Oliveira, Djalma Cavalcante, Fausto Paiva, Francisco Flores, João Valle, Jorge Hermes, José de Mello (Cazuza), José Ernesto, José Linhares, Júlio Linares, Júlio Verner de Matos, Manoel Fernandes, Paulo Mello, Ulysses Linares, Victor Santos Ferreira e Vivaldo Lima.

Assim, em uma casa familiar na Avenida 7 de Setembro (na época intitulada de Rua Municipal), Centro Histórico de Manaus, nascia o Onze Nacional, com a proposta de ser um clube composto unicamente por brasileiros, posição opositora à do Manaos Athletic, equipe forte da época, que só aceitava ingleses. O Nacional surgia igualmente forte, uma vez que possuía bons jogadores que já tinham passagem por outros clubes, como o Brasil Foot-Ball Club, nascendo como uma espécie de selecionado brasileiro. Existe a hipótese de que o clube tenha existido informalmente durante 1913, passando a se configurar como clube organizado apenas em Janeiro de 1914, quando elegeu sua primeira diretoria com a seguinte composição:

  • Coriolano Durand (Presidente); Julio Verner de Matos (Vice-presidente); Crisólogo Gastão de Oliveira (1º Secretário); Francisco Flores (2º secretário); Adail Valente do Couto (Orador) e Manoel Fernandes da Silva "Fernandinho" (Capitão, como de costume à época, era um cargo importante nos clubes).

Apesar desta questão, os estatutos do Nacional informam sempre que a data de fundação é 13 de Janeiro de 1913, quando foi simbolizada a fundação do Onze Nacional. A primeira ata do clube só foi redigida em 1º de Maio de 1914. Dentro desta suposta existência informal, o clube já enfrentava as principais equipes que haviam em Manaus, durante todo o ano de 1913. O uniforme inicial era quase completamente branco, exceto às meias azuis, com a camisa adornada com uma estrela azul, seu símbolo maior ao nascer. O team azulino em 1913 era composto por:

  • Fernandinho, Antônio Craveiro (goleiro), José Ernesto; Jorge Hermes, Manuel Laiza, Althberto Rocha; Santos Ferreira, Paulo Melo, Cícero Costa, José Melo (Cazuza), Fausto Paiva, Adail Couto, Clodoaldo Costa, Ulysses Linhares, Carneiro, Ciriaco, Júlio Linhares, Bevilaqua, Djalma Cavalcante e Arthur Meninéa.

Versão errada

Há uma versão da história da fundação do clube que diz que Fernandinho (idealizador maior do clube) era membro do Manáos Sporting, saindo do quadro deste clube por desentendimentos com o então presidente do Manaus Sporting, Dr. Edgard de Melo Freitas. Em determinada reunião da diretoria, discutia-se determinado artigo do estatuto daquele clube, então Fernandinho (até então capitão da equipe) teria se oposto ao que fora proposto e encontrou apoio entre muitos de seus companheiros de equipe, da qual faziam parte, entre outros, o Sr. José Marçal dos Anjos, de tradicional família Manauara. Descontentes, estes teriam abandonado o quadro esportivo de outrora, começando a idealizar juntos a outros esportistas independentes e jogadores oriundos de vários clubes da cidade (entre eles alguns do Brasil Football Club), a criação de uma nova agremiação. Essa versão é divulgada pelo próprio clube, mas está errada pois o Manáos Sporting só foi fundado em 2 de Julho de 1913, quase 6 meses depois do surgimento do Nacional.

O nome

Quando fundado, o clube recebeu um nome em inglês, em função do esporte ser sido trazido pelos britânicos, assim sendo chamado de "Eleven National". O que motivou este nome foi o fato do clube ser fundado inteiramente por brasileiros e só aceitar brasileiros, o que era difícil naqueles anos. Ou seja, era uma referência ao time que entrava em campo, um "Onze Nacional". A finalidade foi a de exaltar a nacionalidade brasileira em um esporte crescente em todo o país. O clube utilizou como suas as cores da bandeira do país, para enfatizar esse teor patriótico. O Nacional chegou a ter em seu estatuto a imposição de que só permitiria jogadores brasileiros em suas fileiras.

Pouco depois, ainda em 1913, o clube já estava mais estruturado, então, Coriolano Durand, professor e seu primeiro presidente, recebeu de Fernandinho a sugestão de que o nome deveria ser aportuguesado, uma vez que se o clube exibia uma exaltação à sua nacionalidade e até proibia estrangeiros entre os seus, ele deveria ser assim por inteiro. A ideia foi acatada e o clube passou a se chamar "Onze Nacional". Em janeiro de 1914, com a organização do clube, uma nova mudança ocorreu e dessa vez o termo "Onze" foi excluído, com o clube assumindo definitivamente seu nome atual "Nacional", ou na grafia da época "Nacional Foot-Ball Club"(os estrangeirismos "futebol" e "clube" ainda não existiam).

O início 1914-1915

A primeira partida oficial da história do campeonato de futebol do Amazonas

Durante o ano de 1913, por ainda não existirem ligas, o então "Onze Nacional", assim como os outros clubes do estado, se limitou a fazer amistosos com equipes como Manaos Athletic, Vasco da Gama, Manáos Sporting e Onze Português, entre outros. Além, claro, de partidas internas entre seus próprios times. A primeira partida oficial do Nacional é também a primeira partida oficial da história do futebol amazonense, e valeu pelo Campeonato Amazonense de Futebol de 1914. Ela ocorreu no dia 1º de Fevereiro contra o Manaos Athletic. O adversário era um famoso clube de ingleses residentes na capital amazonense, que vinha massacrando seus adversários nos jogos extraoficiais que vinham sendo realizados desde 1908, e por isso, eram considerados imbatíveis até então. Este confronto foi realizado no campo do adversário, o Bosque Municipal, e o clube da estrela azul venceu por 2 a 1. Os dois primeiros gols oficiais do certame amazonense couberam ao jogador azulino Paulo Mello. Foi a única derrota do Athletic, que acabou sendo campeão da 1ª edição histórica do estadual. Neste primeiro campeonato, o Nacional aplicou as duas maiores goleadas de sua história no seu maior rival, o Rio Negro. Ao lado do Nacional, o Rio Negro é o único remanescente daquela primeira edição. Naquele ano, os dois estavam longe de ter a rivalidade que foi construída nos anos seguintes, com o Nacional vencendo pelos placares de 9 a 0 e 12 a 0, os maiores placares do Clássico Rio-Nal até os dias atuais.

Os jogos do Nacional naquele primeiro campeonato:

  • 1º de Fevereiro de 1914 - Nacional 2x1 Athletic - Bosque Municipal
  • 1º de Março de 1914 – Nacional 9x0 Rio Negro - Bosque Municipal
  • 16 de Março de 1914 - Nacional 3x0 Vasco da Gama - Bosque Municipal
  • 29 de Março de 1914 - Nacional 3x0 Sporting - Bosque Municipal
  • 19 de Abril de 1914 – Nacional 12x0 Rio Negro - Bosque Municipal
  • 10 de Maio de 1914 - Nacional 3x0 Vasco da Gama - Bosque Municipal
  • 31 de Maio de 1914 - Nacional 0x2 Sporting - Bosque Municipal
  • 14 de Junho de 1914 - Nacional 2x3 Athletic - Bosque Municipal

O Nacional foi vice-campeão da histórica primeira edição do Campeonato Amazonense de Futebol. Cícero Costa, o principal craque nacionalino na época, foi o artilheiro do clube na competição.

Em 1915, abandonou

No Campeonato Amazonense de Futebol de 1915 o Nacional vinha bem, mas uma derrota inesperada gerou protesto entre seus atletas: segundo eles o referee não apresentou a imparcialidade que deveria e isso teria prejudicado o quadro azulino. inconformado, o Nacional acabou abandonando o campeonato, mesmo estando com pontuação para buscar o título. Os jogos que disputou foram:

  • 10 de Janeiro de 1915 - Nacional 1x0 Vasco da Gama - Bosque Municipal
  • 24 de Janeiro de 1915 - Nacional 2x2 Manaos Athletic - Bosque Municipal
  • 28 de Fevereiro de 1915 - Nacional 7x0 Rio Negro - Bosque Municipal
  • 21 de Março de 1915 - Nacional 0x2 Manaos Sporting - Bosque Municipal

Após a derrota para o Sporting, o Nacional abandonou a competição. Lembrando que foi o Sporting que vencendo o Nacional, tirou dele a chance de ser campeão de 1914.

1916-1920 - a conquista da hegemonia estadual

O Nacional, foi fundado como clube para a prática do futebol, e, nos seus primeiros anos já se tornava uma potência no esporte bretão amazonense. Após o vice-campeonato no primeiro torneio oficial em 1914 e o abandono em 1915, o clube chegou à sua primeira conquista ao vencer o Campeonato Amazonense de Futebol de 1916, obtendo a posse da Taça Kirk. Em 1917 conquistou o bicampeonato, que ficou marcado por ser o primeiro onde teve briga direta com o seu grande rival Rio Negro. O rival ainda pleiteou o título nos tribunais baseando-se num gol que consideraram irregular na partida decisiva entre os dois clubes, e por isso pedia um outro jogo, mas dias depois, na reunião da Liga Amazonense de Sports Athleticos, essa entidade esportiva acabou sendo extinta. A questão não foi inteiramente resolvida e assim iniciou a primeira questão entre os adversários. Nesta altura o Nacional contava com seu primeiro campo oficial conhecido como "Campo da Floresta".

Em 1918 veio o terceiro campeonato seguido, quando passou a ser o maior campeão estadual do Amazonas para nunca mais ser ultrapassado. No mês de maio do mesmo ano, o clube fez parte da festa de inauguração do Estádio Parque Amazonense para o futebol, empatando em 1 a 1 contra o Combinado Paraense. O Nacional foi campeão em 1919 e 1920, sendo assim campeão por 5 campeonatos seguidos, condição só igualada por ele mesmo em campeonatos oficiais do Amazonas. Nesse período o Nacional foi convidado pelo Paysandu a jogar em Belém do Pará, se tornando o primeiro clube do estado a realizar uma excursão interestadual, em 1919. O clube realizou 4 jogos naquela capital, venceu um e perdeu três.

1921-1932, Primeiras crises

Em 1921 o Nacional teve uma vitória acachapante sobre o Euterpe por 19x0, mostrando que vinha firme na busca do hexa, porem, de forma surpreendente, acabou abandonando o campeonato, assim como fizera em 1915.

Em 1922 o "Naça" se reorganizou e voltou forte, não dando margem para os rivais na luta pelo título. Em uma das partidas, venceu o Brasil Sport em 24 de Setembro de 1922 pelo placar de 24x0. Esse resultado equivale ao daquela que é considerada a maior goleada em jogos oficiais no Brasil. O Nacional se tornou campeão estadual após vencer o Luso-Brasileiro por 2x0.

É também no final de 1922 que o Nacional faz sua segunda excursão ao Pará, dessa vez a convite do Clube do Remo. Os nacionalinos realizaram 7 jogos em Belém, empatando dois e perdendo cinco.

Em 1923 o time azulino foi novamente campeão amazonense, contando na disputa com jogadores de destaque como Dantas, Leonardo e Marcolino (considerado o primeiro jogador do Brasil a praticar e fazer gols de bicicleta).

Nos anos de 1924 a 1925 não houve disputa do campeonato estadual, e em 1926 foi realizado um torneio denominado de "Extra" para suprir a falta do torneio oficial. Após esses 3 anos, em 1927 pela primeira vez o Nacional deixou de disputar o Campeonato Amazonense (lembrando que em 1915 e 1921 ele abandonou o campeonato em curso), voltando no ano seguinte.

Em 1928, retornou ao Campeonato Oficial após um ano ausente, de forma surpresa, seu grande rival Rio Negro pediu licenciamento da disputa. Num campeonato sem o Rio Negro, o Nacional liderou o primeiro turno obtendo 5 vitórias em 5 jogos. No returno, por considerar o campeonato "desinteressante" acabou abandonando a competição, que foi vencida pelo Cruzeiro do Sul. .

Depois da desistência em 1928, em 1929, o Nacional se desligou da FADA e se juntou outros 7 clubes para fundar a Associação Manauara de Esportes Athleticos um único resquício de liga paralela que existiu no futebol do Amazonas. Pouco depois do início do primeiro torneio, o Nacional se acertou com a FADA e retornou para seu quadro de filiados. Após perder o Nacional, a AMEA desandou e acabou não concluindo seu primeiro e único campeonato.

Retornando ao campeonato oficial em 1930, o clube voltou a apresentar problemas, desta vez de cunho político interno: desentendimentos entre membros do quadro de sócios e atletas levou a uma cisão importante dentro do clube azulino, que perdeu parte importante de seus jogadores e sócios numa cisão que levou à fundação do Fast Clube. O Nacional ficaria até 1932 sem conquistar um campeonato, ficando 9 anos sem vencer, sendo esse seu recorde atual de anos sem vencer um campeonato.

1933 a 1959

Neste período o clube adicionou mais dez troféus a sua sala de conquistas, assim reafirmando mais ainda sua hegemonia.

No campeonato estadual de 1933 o Nacional levantou o título de campeão, ganhando de todos seus adversários, entre eles o arquirrival Rio Negro que foi derrotado por 2x0 em 10 de setembro. Alguns dos jogadores da equipe campeã eram Praxísteles, Barrote e Renê Monteiro. Já no campeonato de 1936 novamente a taça foi para as mãos do Nacional que, inclusive, goleou na disputa o Rio Negro por 6x0, em 24 de maio. Iano, Jofre, Renê e Babá foram alguns atletas que fizeram parte da conquista nacionalina.

Em 1946 o rival Rio Negro novamente deixou o campeonato alegando como desculpa a conquista do Campeonato de 1945 por parte do Nacional, porém o clube azulino foi campeão novamente em 1946 provando assim que era um clube forte e hegemônico.

O Nacional também deixou de participar dos campeonatos de 1929, 1947 e 1951 por motivos que foram esquecidos com o tempo, provavelmente crise financeira.

A década de 50 foi muito apagada na história do Nacional, o clube conquistou apenas dois campeonatos, sendo este o pior período de 10 anos na história do clube.

Na conquista do campeonato de 1957, o Nacional contou com o técnico Flaviano Limongi e com bons jogadores como Pedro Brasil e Boanerges. Entre alguns resultados da campanha vitoriosa se destaca a goleada de 10x1 dos nacionalinos sobre o Santos. Mas em junho de 1959 o Nacional sofreu a maior goleada de sua história. Em excursão ao Norte do Brasil, o Fluminense carioca derrotou os nacionalinos por 11x1, no Estádio Parque Amazonense. Faziam parte do elenco tricolor conhecidos jogadores como Castilho, Pinheiro e Waldo.

1930 a divisão

Após não disputar o campeonato de 1929, no ano de 1930 o Nacional perdeu muitos de seus sócios, que estavam insatisfeitos com muitas coisas dentro do clube, dentre estes o capitão Vivaldo Lima e o jogador Rodolpho Gonçalves. Estes deram como motivo de saída à mudança de estatuto do clube pelo então presidente Coronel Leopoldo Matos.

Da cisão foi criado um dos maiores rivais do Nacional, o Fast Clube, que durante o afastamento do Rio Negro, foi ao lado do América o clube que mais representou resistência a hegemonia Nacionalina.

A polêmica de 1945

Em 1945 o Nacional venceu o Olímpico Clube por 3-2 e conquistou o título dentro das quatro linhas, porém, o adversário entrou na justiça esportiva local alegando que o Leão havia atuado com jogador irregular, e com o apoio do comando barriga-preta o Olímpico acabou ganhando a causa, o que favoreceria ninguém mais ninguém menos que o próprio Rio Negro. Enquanto a briga rolava, o então presidente da FADA esteve na festa do aniversário rionegrino e deu a noticia de que o título já era do clube rival; porém, o comando Nacionalino, que conquistando o título no futebol resolveu recorrer para reaver o título que havia conquistado.

O tribunal, reavaliou a causa e desta vez devolveu os pontos que havia retirado do Leão da Vila, sendo este novamente o maior pontuador e campeão de direito do Campeonato, os adversários, não conformados com a perda de uma briga judicial da qual não participavam (o causo era entre o Nacional e o Olímpico) resolveram abandonar a Federação e sem base em fatos saíram acusando o clube azulino, sendo que era irrelevante acusar o clube de quaisquer cousa, pois este é que havia conquistado o título, perdido no tribunal e reavido depois.

Anos 60, anos de glória

No período de 1960 a 1969 o Nacional conquistou 04 campeonatos e foi vice campeão por duas outras oportunidades, mirando rumo ao profissionalismo, o Naça entrou para história sendo o último campeão amador e o primeiro campeão profissional amazonense, sendo bicampeão em 1963-1964.

Neste tempo formou grandes ídolos como no elenco de 1963 que contava com Boanerges, Jonas, Sula, Jayme Basilio, Vanderlann, Hugo, Fredoca, Portuguesa, Dermilson e Pepeta, sendo todos estes ídolos da torcida; praticamente todos permaneceram no clube no ano seguinte.

Torneio Centro/Sul x Norte/Nordeste

Em 24 de agosto de 1969, o Nacional jogou no Estádio do Maracanã, pelo "Torneio Centro/Sul x Norte/Nordeste", um torneio organizado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF), em preliminar de jogo da Seleção Brasileira contra a Venezuela (Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1970). O adversário dessa partida foi o Grêmio Maringá, que vinha como campeão do Torneio Centro–Sul de Futebol de 1968 e do "Torneio Centro-Sul x Norte-Nordeste de 1968". Neste último, o clube paranaense venceu duas vezes pelo placar de 3 a 0 o Sport Recife (campeão do Torneio Norte-Nordeste de 1968), em confronto também válido como primeira fase do Torneio dos Campeões da CBD de 1969, ao qual terminaria como vencedor, após dois empates contra o Santos, o segundo já em 1970.

A partida foi a primeira de um clube do norte no até então "maior estádio do mundo". A delegação nacionalina saiu de Manaus no dia 20 de Agosto com os seguintes componentes: Desembargador Paulino Gomes (Presidente), Alfredo Ferreira Pedras (Diretor de Futebol), José Renato Uchoa (Secretário), Samuel Facundo do Vale (Assessor), Juarez Klinger (Médico), Alfredo Barbosa Filho (Técnico), Messias Sampaio (Cronista esportivo) e Júlio Fernandes (Massagista); os jogadores que compuseram o elenco para esta partida foram: os goleiros Marialvo e Procópio; os zagueiros Pedro Hamilton, Sula, Valdomiro, Téo, Chiquinho e Valdir Santos; os volantes Mário, Rolinha e Bell; os atacantes Zezé, Rangel, Pretinho, Marcelo e Pepeta. Estando em terras cariocas, o Nacional utilizou um ônibus concedido pelo Vasco da Gama para fazer seus percursos e recebeu também um coquetel oferecido pelo Fluminense.

O confronto foi classificado como "histórico" pela imprensa manauara e foi realizado em 24 de Agosto de 1969, um domingo. Ao decorrer do jogo, o Nacional logo impôs seu jogo e dominou a partida, porem demorou a marcar seu tento, que só saiu aos 4 minutos do 2º tempo quando após receber passe de Mário, Pepeta driblou três zagueiros adversários, invadiu a grande área e marcou o único gol da partida; neste momento o presidente da Federação Amazonense de Futebol, Flaviano Limongi, gritou:

"Fizemos História"

O Nacional atuou com certa tranquilidade durante toda a partida, e assim venceu por 1 a 0. A equipe atuou com os seguintes jogadores: Marialvo, Pedro Hamilton, Sula, Valdomiro e Téo; Mário e Rolinha; Zezé, Rangel, Pretinho (Marcelo) e Pepeta. A seleção brasileira por sua vez venceu a partida a seguir pela contagem de 6 a 0.

Ao retornar a Manaus, a delegação nacionalina encontrou a cidade em um verdadeiro carnaval, com milhares de pessoas indo até o Aeroporto da Ponta Pelada receber os "heróis" em carreata. De lá os jogadores seguiram no carro dos bombeiros até a sede do clube, seguidos pelos torcedores. A euforia da conquista foi tanta, que o então governador Danilo Areosa se viu obrigado a declarar ponto facultativo por dois dias.

O guardanapo azul virou o mastro oficial do estado

Durante a transmissão da partida via rádio, o ainda criança Mário Adolfo, estando na residência oficial do governador do estado do Amazonas, retirou a bandeira amazonense do mastro e pôs um guardanapo azul e branco, fazendo alusão ao Nacional. Segundo este:

"Retirei o 'pavilhão azul' meio envergonhado, mas pelo menos por 5 minutos, o 'guardanapo do Naça' tremulou no mastro oficial da residência do governador!"
— Mário Adolfo, consagrado jornalista amazonense.

Anos 70 e o hexacampeonato

Com a sua tradição de conquistas, nos anos 70 o Nacional teve uma força ímpar na história do futebol amazonense, contando com vários craques o clube conseguiu um inédito hexacampeonato (1976-1981), antes, porém, revelou para o Brasil, os jogadores Campos Pedrilho, Toninho Cerezzo e Paulo Izidoro, que eram juniores do Atlético Mineiro e aqui vieram fazer um "estágio" voltando para Minas para o estrelato futuro. Jogadores como Alfredo Mostarda, Antenor (campeão brasileiro em 1977 com o São Paulo) calçaram as "chuteiras" nacionalinas também. Por volta de 1979 o Nacional realizou a intensa campanha: "O leão dá sorte" com os carnês “Naça Gigante, Naça milionário” quando distribuía prêmios aos compradores dos bilhetes do evento como automóveis e terrenos, a compra dos carnês fez fortalecer seu lado patrimonial, inclusive com a construção de sua piscina na sede social.

Deste tempo podemos citar vários ídolos do clube como, por exemplo: Procópio, Luís Florêncio, Borrachinha, Paulo Galvão e Careca; Bendelack, Reis, e sem deixar de citar o técnico Laerte Dória que fez parte de três dos seis títulos do hexacampeonato,.

Estreia no Brasileirão em 1972

O Clube da estrela azul foi o primeiro amazonense e nortista a disputar o Campeonato Brasileiro de Futebol e estreou no ano de 1972, enfrentando o Bahia no dia 10 de Setembro de 1972 no Estádio Fonte Nova:

  • 10 de Setembro de 1972 - Bahia 1-0 Nacional, Salvador

O Nacional era comandado pelo técnico Paulo Emilio e jogou com: Edson Borracha, Jurandir, Almir e Mesquita (substituído por Luís Carlos), Antônio Piola, Danival, Jorginho e Reis; Valmir (substituído por Julião), Ismael e Laci.

Campanha

Ao geral na competição, o Nacional, que foi dirigido pelo técnico Paulo Emilio disputou 25 jogos com a seguinte campanha:

Com 14 gols, o mineiro Campos foi vice artilheiro do campeonato.

Pos. Nacional Pt J V E P GF GS GP
1 Nacional-AM 18 25 04 10 11 23 30 -7

As 4 vitórias foram nacionalinas:

  • 24 de Setembro de 1972 Nacional 2-0 Corinthians-SP

Estádio Vivaldo Lima - Manaus

  • 8 de Outubro de 1972 Nacional 2-0 Portuguesa-SP

Estádio Vivaldo Lima - Manaus

  • 22 de Outubro de 1972 Nacional 2-1 CRB

Estádio Rei Pelé - Maceió

  • 29 de Novembro de 1972 Nacional 2-1 Cruzeiro-MG

Estádio Vivaldo Lima - Manaus

Campeão com 100% de aproveitamento em 1974

Em 1974 o Nacional fez a melhor campanha da história do Campeonato Amazonense de Futebol, o Leão da Vila conquistou um feito que até hoje se permanece único, o clube foi campeão vencendo todos seus jogos, que foram 10 naquela edição com direito a uma vitória pelo placar de 4-0 sobre o vice-campeão Rio Negro.

Outros detalhes foram o fato do clube ter tomado apenas 3 gols em todo o torneio, fazendo um total de 27 ficando com um saldo positivo de 24 gols. Até hoje nenhum clube sequer chegou perto do feito do Nacional.

O elenco nacionalino principal naquela temporada:

  • Os titulares: Procópio(G), Antenor, Renato, Eurico Souza e Luís Florêncio; Angelo e Rolinha; Ismael, Bibi, Paulo Isidoro e Reis.
  • Reservas que atuaram: Toinho(G), Djalma, Fausto, Jorginho, Said, Roberto, Expetido e Pedrilho.

1978, campeão invicto

Depois do bicampeonato, em 1978 o clube da estrela azul ganhou todos os jogos do 1° e 2° turno daquele campeonato se sagrando campeão dos dois turnos, então foi disputado ainda um terceiro turno no intuito de revelar um clube para fazer uma possível final. Apesar de ter empatado três jogos o Nacional manteve-se invencível e terminou empatado com o América e São Raimundo em número de pontos, logo foram definidos jogos extras e não deu outra, o Nacional venceu os três dois e venceu também o 3° turno.

O clube além de ter sido campeão sem necessidade de finais, foi campeão sem uma única derrota, tendo como elenco da conquista histórica:

  • Rafael, Carlinhos, Paulinho, Paulo Galvão e Ely; Ray, Careca e Corrêa; Mário Gordinho, Santa Cruz e Esquerdinha fizeram o último jogo em que venceu o América por 1-0.
  • O comandante do título foi o grande técnico gaúcho Laerte Dória, técnico ídolo no clube.
  • Ainda jogaram pelo Nacional naquele ano: Amauri (goleiro), Cláudio, Walace Sousa, Marcos, Hélio, Maranhão, Armando, Terano, Barrote, Fernandinho, Brandão, Noé Silva e Clayton.

O Nacional sagrava-se tricampeão amazonense de futebol, com uma das melhores medias de público do norte-nordeste.

A campanha nacionalina foi a seguinte:

Pos. Nacional Pt J V E P GF GS GP
1 Nacional-AM 31 17 14 3 0 38 10 +28

Década de 1980, o adeus à elite

Na década de 80 o Nacional conquistou seis edições do Campeonato Amazonense de Futebol, o que lhe premiava com participações no Campeonato Brasileiro de Futebol - Série A, do qual participou também seis vezes. Foi um período importante onde contou com grandes jogadores e também viveu sua rivalidade com o Rio Negro de forma mais acirrada, quando ganharam os 10 títulos possíveis da década, fazendo 8 decisões.

1981

O Torneio do Pacto Amazônico

A temporada começou com a realização do Torneio do Pacto Amazônico, realizado em Manaus. O torneio foi realizado para celebrar um pacto político entre as nações da Amazônia internacional, onde cada uma teria seu representante. Entre os participantes tivemos grandes clubes como Millonarios da Colombia e Alianza Lima do Peru. O torneio contou com aval da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), garantindo um status oficial. O clube foi o campeão da competição ao eliminar primeiramente o Oriente Petrolero, depois passou pelo grande rival Rio Negro até vencer o Fast Clube na final por 3 a 1.

Taça Amazonas e Campeonato Amazonense

No estadual de 1981, o Nacional buscava o hexacampeonato. O Nacional vinha como grande favorito após ganhar a Taça Amazonas e o Torneio do Pacto Amazônico. Na Taça Amazonas o "Naça" venceu a competição após uma grande decisão contra o Rio Negro, onde empatou em 0 a 0 no tempo normal e venceu por 1 a 0 durante a prorrogação, com gol do jovem Jasson que veio a se tornar um ídolo da torcida. O Nacional se sagrou bicampeão do torneio, vencendo a primeira competição oficial da temporada.

O Nacional ganhou o primeiro turno do campeonato, entrou no quadrangular final do segundo turno e venceu os três jogos que disputou, sagrando-se campeão amazonense com louvor. Apesar da sua larga vantagem, o "Leão" ainda teve que lutar pelo campeonato e pela posse da taça conquistada, no tribunal, respondendo a processos movidos pelo Fast Clube e pelo América. O caso foi julgado, e o título foi confirmado, sendo assim o Nacional aclamado hexacampeão amazonense de forma consecutiva, um feito que ainda permanece único no estado.

O "Naça" contou com o artilheiro da competição, Jasson, jovem amapaense de até então 22 anos que fez 14 gols com a camisa nacionalina. A campanha do clube constou de 17 jogos onde venceu 15, empatou 1 e perdeu uma única partida; fez 31 gols e sofreu apenas 5, com a marca de 26 gols de saldo positivo.

1984: A Copa do Rei Hassan

Esse torneio foi disputado durante uma excursão do Nacional ao Marrocos, o clube foi o primeiro da região norte a fazer excursão fora da América latina.

Na bagagem o clube trouxe o troféu do torneio no ano de 1984, torneio este que era realizado em homenagem ao Rei daquela monarquia, e o Nacional que estava na Série A do Campeonato Brasileiro foi o clube escolhido para representar o Brasil, e não fez vergonha conquistando a competição.

1985

O time de garotos é tricampeão em 1985

Depois de uma decepcionante campanha no Campeonato Brasileiro de Futebol, o Nacional se viu obrigado a vender suas principais peças, dentre elas Dadá Maravilha que artilheiro do clube no ano de 1984, e Freitas, principal revelação do clube em 84 que foi vendido pro São Paulo. Com isso, a diretoria encarregou o técnico de base Alfredo Barbosa Filho de montar um elenco jovem para o técnico Elias Haddad.

De início o elenco jovem nutriu desconfiança na torcida e grande alarde na imprensa, que, acabou por se enganar, 1985 foi o Campeonato mais fácil conquistado pelo Nacional na época. O time passou quase quatro meses invicto, e o goleiro Arthur segurou uma invencibilidade de 758 minutos, as partidas eram tão fáceis que a comissão técnica não tinha medo de fazer improvisos, como o volante Marinho Macapá atuando parte do campeonato na Lateral-Direita.

Mas, nem tudo eram rosas, enquanto a equipe voava no estadual, o quarto zagueiro Oberdã lutava contra a morte, após ter seu intestino rompido por uma joelhada do jogador Saraiva do Sul América. Oberdã passou por duas cirurgias, e pouco depois da segunda, o Nacional perdeu sua primeira e única partida, pelo placar de 2-1 para o Penarol de Itacoatiara.

O campeonato continuou, e após a derrota o Nacional não foi mais derrotado no Campeonato, nada parecia abalar os jovens nacionalinos. Logo o clube foi campeão, em 20 partidas, o Leão venceu 13, empatou 6 e perdeu apenas 1 jogo e seu principal artilheiro foi Tita, com 12 gol e vice-artilheiro do estadual naquele ano.

Campanha

1986

Campeão na base da humildade

A temporada de 1986 iniciou difícil para o "Naça" mergulhado em uma crise financeira ainda não vista naqueles anos. A situação piorava quando se olhava para o outro lado e via Rio Negro contando com um grupo de empresário mantendo seu futebol, tendo um grupo de 30 jogadores. O Nacional tinha alguns profissionais que teve de mesclar à bons nomes que vieram da base e para manter esse elenco teve de fazer empréstimos, além de vender partes de seus terrenos. Era dito que em 86 a briga no estadual seria "a luta do pequeno Davi contra o gigante Golias".

Dentre os profissionais que ficaram, o clube contava com os veteranos Edson Cimento (goleiro), Botelho (ponta-direita) e Raulino que receberam o comando do técnico Aderbal Lana, que estava em seus primeiros anos em Manaus. A força do time veio dos jovens locais, que assumiram o compromisso de manter o clube no topo, jovens como Camarão, Ricardo, Artur, Tojal, Iranildo, Euzimar, Doca, Oscar e o jovem meia Sérgio Duarte. Os "jovens heróis" atropelaram: em 22 partidas venceram 15, empataram 4 e perderam apenas 2; marcaram 41 gols e sofreram apenas 8. Os "garotos" venceram a Taça Estado do Amazonas e logo garantiram a vaga na final. A grande decisão foi justamente contra o "todo poderoso" Rio Negro.

A primeira partida da final se deu num domingo, 24 de Agosto, no Estádio Vivaldo Lima e terminou empatado em 1 a 1. O adversário abriu o placar com um gol contra de Marinho Macapá, aos 26 do 1º tempo; o "Naça" empatou com Botelho aos 42 do mesmo período. Neste jogo, a administração do estádio colocou uma carga de ingressos abaixo do esperado, e alguns voltaram para casa mas um número grande de pessoas adentrou no estádio depois de arrombarem os portões; por conta deste problema, o público foi de cerca de 20 mil pagantes, mas o estádio estava lotado.

Por conta do empate, uma nova partida foi realizada três dias depois, em 27 de Agosto. Um público de 41.689 pessoas compareceu ao Estádio Vivaldo Lima, numa noite de quarta-feira. Raulino marcou o único gol da partida (um dos onze que marcou durante o campeonato) aos 34 minutos do 1º tempo, após cobrança de falta e com isso o Nacional venceu e se sagrou tetracampeão amazonense de forma consecutiva. O time que disputou a final foi:

  • Edson Cimento; Marinho Macapá; Murica, Paulo Galvão e Luís Florêncio; Tojal, Sérgio Duarte e Camarão; Botelho, Raulino e Ricardo (Iranildo). Técnico: Aderbal Lana.

Campeonato Brasileiro - Despedida da elite nacional

Em 1986 o "Naça" ainda disputou o Copão Brasil (nome que recebia o Campeonato Brasileiro naquela temporada). Ainda sob o comando do técnico Aderbal Lana, o clube azulino contratou jogadores especialmente para a competição, mudando parcialmente a cara do time que foi campeão amazonense. O "Leão" estreou em 31 de Agosto (4 dias após a final do estadual) diante do Alecrim, de Natal, o qual venceu por 1 a 0.

  • Jogo de estreia: 31 de Agosto de 1986 - Nacional 1x0 Alecrim - Estádio Vivaldo Lima(13.245 pagantes)

Na 1ª fase foi um dos 11 componentes do grupo D, se classificando como 5º colocado obtendo como resultados mais expressivos um empate em 0 a 0 com o Botafogo no Maracanã e uma vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras em Manaus. Na 2ª fase fez parte do grupo D, com outras 8 equipes, sendo eliminado com um 8º lugar decorrente da queda de produção; seus resultados mais expressivos nesta fase foram vitórias por 2 a 1 sobre o Internacional e o Atlético Mineiro, em partidas disputadas em Manaus. No geral o clube fez 26 jogos, venceu 7, empatou 6 e perdeu 13; fez 25 gols e tomou 33, ficando com saldo negativo em 8 gols.

O Nacional era considerado potência regional, dentro do Campeonato Brasileiro tinha o mesmo nível da dupla paraense Remo e Paysandu, além de estar sempre entre as maiores médias de público do Norte e Nordeste. Com a criação do Clube dos 13, o clube foi excluído da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1987(módulos Amarelo e Verde). O clube ganhou vaga no Módulo Branco, que era considerado parte da segunda divisão, mesmo tendo ranking e público melhor que boa parte dos integrantes do módulo amarelo.

Desde então o Nacional não mais retornou à elite do futebol brasileiro. Em Manaus correu a história de que a diretoria da época, corrupta, teria entregue vários jogos para lucrar no bolão. Por outro lado, acreditavam que o clube teria a capacidade de se reafirmar e voltar logo à elite. Porém, os dirigentes do clube não se preocupavam tanto com o futuro do Nacional. Existe a suspeita histórica de que dirigentes da Federação Amazonense de Futebol e do próprio clube, agindo de má fé, teriam vendido a vaga do clube na Divisão Especial de 1988(atual Série B) para um clube paulista. Na época o Nacional tinha considerável colocação no Ranking brasileiro (entre os 30 melhores), o que lhe daria facilmente uma vaga entre os 24 que disputaram a Série B daquele ano.

Outros anos

Em 1987 o "Naça" foi vice-campeão, pondo fim à sua sequência de títulos que foi de 1983 a 1986. Em 1988 sequer chegou à final, deixando de ser campeão ou vice pela primeira vez desde 1974, onde em 14 anos foi 11 vezes campeão e 3 vezes vice. A ausência na final tirou o clube do Campeonato Brasileiro pela primeira vez desde 1971. Em 1989 voltou à final, mas novamente foi derrotado.

No âmbito nacional, duas desclassificações amargas disputando a Série B: em 1987 caiu de forma inesperada, quando precisava apenas vencer o já eliminado Rio Negro; em 1989, caiu por 1 ponto, ficando em 2º lugar no seu grupo.

Década de 90

O afastamento da elite do futebol brasileiro afastou também o grande público dos estádios, e os anos 90 consolidaram essa decadência. Em 1990 perdeu o título para o Rio Negro, que chegava ao 4º título seguido. Em 1991, a surpreendente saída do Rio Negro do campeonato deixou meio-caminho andado, num combalido futebol amazonense, encontrou alguma resistência no outro tradicional rival, o Fast Clube. Ainda assim, foi campeão, mesmo com o empate em 0 a 0 na decisão, diante de um estádio praticamente vazio. Levou por ter a melhor campanha e quebrou a sequência do Rio Negro, sem este sequer ter entrado em campo.

Em 1992, o próprio domínio da dupla Rio-Nal, que vinha desde 1974, foi encerrado, com o título do Sul América. Este título abriu a porteira para os chamados pequenos, o próprio "Sulão" foi bicampeão em 1993 e em 1994 foi o América. O "Naça" foi vice-campeão em 1994 e campeão em 1995, ficando duas temporadas invicto no estadual. Foi bicampeão em 1996, até se licenciar em 1997. Em âmbito nacional, participou da Copa do Brasil de Futebol de 1992, 1994 a 1997 e 1999, onde seu maior êxito foi eliminar o Cristal, do Amapá, em 1995. Nas disputas do Campeonato Brasileiro de Futebol - Série C, foi semifinalista em 1992, ano que conquistou o acesso à Série B, que infelizmente foi dissolvida no mesmo ano. Ainda obteve campanhas regulares nessa divisão, em 1995 e 1996, onde chegou às Oitavas de Final e Quartas de Final, respectivamente.

1992 - Primeiro acesso do Amazonas

Em 1992 o Nacional disputou a Série C ao lado do seu tradicional rival, o Rio Negro. Os dois caíram num grupo regional com outras três equipes: Atlético Acreano, Macapá e Ji-Paraná. O regulamento da competição previa que o primeiro colocado de cada um dos sete grupos garantiria vaga na fase semifinal e também conquistaria uma vaga na Série B de 1993.

O Nacional sobrou no grupo com 5 vitórias, 2 empates e 1 derrota (essa para seu maior rival), com o Rio Negro ficando em segundo. Assim, garantiu historicamente o primeiro acesso do futebol do Amazonas no futebol nacional, qualificando-se a jogar a Série B de 1993. O clube avançou para a fase semifinal onde enfrentou Tuna Luso e Auto Esporte. O leão chegou à última rodada com chances de avançar à final, bastando vencer a equipe paraense em Manaus para obter sucesso. O clube esteve a um gol de conseguir êxito, mas acabou cedendo o empate e ficando em 2º lugar no grupo e 3º lugar geral.

1993

Manobra da CBF transforma Série B de 1993 em Torneio Seletivo

Desrespeitando seus regulamentos, a CBF decidiu elevar 12 clubes da Série B de 1992 para a Série A, ao invés de 2 como estava previsto. Depois, a mesma resolveu retirar o mérito esportivo da disputa da segunda divisão, não mantendo os participantes originais, e assim, os sete clubes que subiram pela Série C de 1992 passariam a se juntar a 25 representantes estaduais(retirando o mérito esportivo), formando duas divisões de 32 equipes (Série A e Série B).

Já em 1993, a CBF resolveu não mais realizar aquela edição da Série B. Algum tempo depois, realizou um torneio seletivo que hoje é considerado parte da história da Série C. O Nacional foi colocado novamente em um grupo regional com Rio Negro, Rio Branco-AC e Independência-AC. O Nacional foi o vencedor do grupo.

Nova disputa de Acesso em 1993

Após vencer seu grupo, o Nacional estava na fase final do Torneio Seletivo da Série B de 1994, disputando novamente o acesso (pelo segundo ano seguido) à segunda divisão nacional (a qual disputaria por mérito naquele ano). O adversário foi o clube mato-grossense Barra do Garças. Nos jogos decisivos, dessa vez o clube azulino não obteve êxito e acabou perdendo a primeira partida fora de casa por 2x0 e empatando em casa por 1x1, assim, terminando a sua participação.

Década de 2000

Em âmbito estadual, o clube iniciou o novo milênio com título estadual, em 2000, quebrando a sequência do São Raimundo, a quem bateu na final. Fez seguidamente as finais de 2000 a 2003, conquistando 3 títulos. Voltou a ser campeão em 2007 e vice-campeão em 2005 e 2009.

Em Copas do Brasil, seu maior êxito foi a classificação sobre o Paysandu, em 2001, quando empatou por 1 a 1 e venceu pro 3 a 0. Pelo Campeonato Brasileiro, em 2000 voltou à Série B, onde ficou por duas temporadas. Em 2002, agora na Série C, quase fez o "bate-volta" quando chegou a ter a melhor campanha da competição e chegou ao Quadrangular Final, onde enfrentou o crescente Brasiliense mais o Marília e o Ipatinga. Acabou em 3º lugar geral, porém, apenas 2 clubes conquistavam o acesso. Seu atacante Wallace foi o 5° maior goleador da competição, fazendo 8 gols. Em 2005 voltou a figurar entre os 8 melhores da Série C, caindo nas Quartas de Final.

A década se encerra com o vereador Luís Mitoso assumindo a presidência do clube, em 2009. Neste mesmo ano, aquele que é considerado o maior vexame e a página mais controversa da história do clube: a eliminação para o Cristal, na Série D. O "Leão" empatou fora de casa em 1 a 1 e chegou a estar vencendo por 2 a 0, em casa. No 2º tempo, de forma inacreditável, o time relaxou e tomou 5 gols.

Década de 2010

Nesta década, no Estadual, o "Naça" colecionou os títulos de 2012, 2014 e 2015, além dos vice-campeonatos de 2011, 2013 e 2017. Em 2012 enfrentou pela última vez um clássico rival em finais, o Fast Clube. No âmbito nacional e regional, as eliminações na primeira fase da Série D se tornaram recorrentes e as participações na Copa Verde, irrelevantes. Em meio a essa queda de nível, a campanha da Copa do Brasil de Futebol de 2013 se tornou histórica.

2013

Depois de disputar apenas o estadual em 2012, em 2013 o Nacional estava novamente de volta ao cenário nacional com a disputa da Copa do Brasil de Futebol de 2013 e do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2013 - Série D.

Vice-campeão Amazonense

No estadual, o "Leão" estreou vencendo o tradicional rival Rio Negro por 2 a 0, conquistando a "Taça Centenário", uma homenagem da Federação Amazonense de Futebol aos dois únicos clubes remanescentes do primeiro estadual, de 1913, no aniversário de 100 anos deste. A partida contou com jogo preliminar de jogadores históricos de ambos os clubes.

Apesar de vencer os dois primeiros jogos, o "Naça" caiu na 1ª fase da Taça Estado do Amazonas, o que levou à queda do técnico Vilson Tadei. Para o 2º turno o clube trouxe o técnico Aderbal Lana, que mudou a postura da equipe. O time azulino chegou à final da Taça Cidade de Manaus onde enfrentou o Princesa, com o objetivo de chegar à final do campeonato e também evitar o título direto do adversário, que foi o campeão do 1º turno. No 1º jogo da Final, vitória por 4 a 2, onde o Nacional atuou até os minutos finais com 2 jogadores a menos. A curiosidade é que após cada expulsão, o Nacional fez um gol. No 2º jogo, o empate em 0 a 0 deu ao time azulino o título do returno.

O clube chegou à final geral e simultaneamente disputava a Copa do Brasil, trazendo o debate de qual deveria ser a prioridade do clube. No 1º jogo da final, foi derrotado em Manaus por 3 a 1, longe de atuar como nos últimos jogos, o que trouxe a interpretação de que o clube resolveu resguardar o time para a Copa do Brasil, onde três dias antes havia vencido o Coritiba por 4 a 1. No 2º jogo, já estando classificado na Copa do Brasil, o time nacionalino deu o seu melhor e mostrou sua qualidade, revertendo a desvantagem e vencendo por 2 a 0. O resultado, porém, levou a final para a disputa de pênaltis, onde o "Naça" acabou derrotado por 6 a 7.

Chegou às Oitavas da Copa do Brasil

Na Copa do Brasil de Futebol de 2013, o "Naça" fez história ao ser o primeiro clube nortista a chegar às Oitavas de Final da competição em seu formato mais robusto. Foi o primeiro clube amazonense a se classificar eliminando clubes que até então estavam na Série A do Campeonato Brasileiro (Coritiba e Ponte Preta).

O primeiro adversário do "Leão" foi o Águia de Marabá, e venceu nos dois jogos (2 a 0 e 2 a 1), sendo essa classificação considerada a virada do time, que vinha de um péssimo início no estadual. Na 2ª fase, o adversário foi o Coritiba, equipe que havia sido vice-campeã das duas últimas edições da Copa. No 1º jogo, em Manaus, o Nacional surpreendeu o adversário e aplicou uma goleada de 4 a 1 (gols de (5¹ Danilo Rios, 30¹ Wesley Bigu, 49¹ Danilo Rios e 37² Amaral) na equipe que três dias antes havia comemorado o tetracampeonato paranaense. No retorno, a derrota por 0 a 1 não foi suficiente para tirar a classificação do "Naça", que avançou à 3ª fase.

  • 15 de Maio de 2013 - Nacional 4x1 Coritiba - Estádio Roberto Simonsen - SESI, Manaus;
  • 23 de Maio de 2013 - Coritiba 1x0 Nacional - Estádio Couto Pereira, Curitiba.

Na Terceira Fase, novamente enfrentou um clube da Série A, desta vez a Ponte Preta. O clube venceu o 1º jogo em Campinas por 1 a 0 (gol de Danilo Rios, 30²) e o 2º, em Manaus, também por 1 a 0 (gol de Leonardo, 18¹). A classificação chamou a atenção da imprensa nacional, que considerou o clube uma das surpresas da edição.

  • 10 de Julho de 2013 - Ponte Preta 0x1 Nacional - Estádio Moisés Lucarelli, Campinas;
  • 24 de Julho de 2013 - Nacional 1x0 Ponte Preta - Estádio Roberto Simonsen - SESI, Manaus.

Nas Oitavas de Final, o Nacional enfrentou o Vasco da Gama. No primeiro jogo, em Manaus, o "Leão" se portou melhor no jogo e pressionou o time carioca, sendo que teve um gol anulado logo aos 4 minutos do primeiro tempo. Apesar disso, valeu a máxima de "quem não faz leva" e acabou derrotado por 0 a 2. No 2º jogo, agora atuando com time misto (por conta de jogo decisivo na Série D na mesma semana), o Nacional saiu a frente no placar após Danilo Rios aproveitar rebote em cobrança de pênalti (6 do 1º tempo), porém, o adversário virou a resultado e a partida se encerrou em 2 a 1 a seu favor, pondo fim na histórica campanha do clube azulino. 10 anos depois, em 2023, o feito ainda não havia se repetido.

A decepção na Série D

No ano do centenário do clube, a nova diretoria, encabeçada pelo presidente Mário Cortez, colocou como meta da temporada a conquista do acesso à Serie C de 2014. O time começou bem e venceu as duas primeiras partidas, até a paralisação do torneio por conta da Copa das Confederações e depois liminar do Clube do Remo que insistia em entrar na competição no lugar do Genus. Após superados os contratempos, a competição voltou e o time sofreu 2 derrotas seguidas. A situação levou à demissão de Aderbal Lana, que foi substituído por Léo Goiano. Estreando o novo técnico, o "Naça" perdeu novamente, chegando a ocupar o penúltimo lugar do grupo. Esses resultados deixavam os torcedores confusos, uma vez que a equipe vinha bem na Copa do Brasil, fazendo parecer que o elenco havia abrido mão da Série D. Algumas contratações e mudanças no time titular foram feitas, e surtiram efeito, com a obtenção de três vitórias seguidas e a conquista da classificação.

Nas Oitavas de Final, o "Leão" enfrentou o Salgueiro, que assim como ele, vinha de recente disputa das Oitavas de Final da Copa do Brasil, onde ambos foram eliminados. Era como uma disputa antecipada pelo acesso, onde toda a imprensa considerava que o vencedor seria amplo favorito na fase seguinte. Durante a semana decisiva, o ambiente nacionalino ficou conturbado com muitos problemas extracampo. A torcida e a imprensa local criticavam Léo Goiano por colocar Leonardo e Danilo Rios na reserva. Léo Goiano, em entrevista, falou abertamente sobre seus motivos de colocar Rios na reserva alegando que ele não estava num bom momento. A atitude incomodou mais ainda os torcedores, uma vez que em jogo anterior, o meia, entrando no intervalo, mudou o cenário da partida em favor do Nacional. Rios, depois, confirmou sua chateação com as palavras do técnico, que segundo ele, chegou a chamá-lo de "pé-frio" e que isso seria um dos motivos para colocá-lo na reserva. Além deste problema, novamente se discutia qual competição o clube deveria valorizar, a Série D ou a Copa do Brasil, onde naquela mesma semana o Nacional enfrentaria o Vasco da Gama, no 2º jogo das Oitavas de Final.

Após toda a turbulência, o clube acabou eliminado na competição após dois empates, pelo critério de gols fora de casa. No jogo de ida, 0 a 0 em jogo disputado na cidade de Salgueiro, interior de Pernambuco. No 2º jogo, agora em Manaus, a torcida novamente se irritou com Léo Goiano, novamente por colocar Danilo Rios na reserva. Ainda no 1º tempo, Danilo Rios entrou e deu maior qualidade ao time, que empatou o jogo depois de sair atrás no placar (gol de Rafael Morisco, aos 23 do 1º tempo) e depois virou (gol de Leonardo, aos 20 do 2º tempo), depois de muito pressionar. Apesar de ser mais ofensivo, o Nacional levou o empate pouco depois de marcar o 2º gol. O "Naça" pressionava, mas a bola teimava em não entrar, e assim a partida seguiu até o final, levando à sua eliminação.

2014-Hoje

2014

Depois de uma temporada acima da média em 2013, o Nacional não disputaria a competição principal em 2014, o Campeonato Brasileiro de Futebol - Série D, a qual só o campeão estadual teria vaga. O vice-campeonato lhe garantiu na Copa do Brasil e também na estreante Copa Verde. Com algum planejamento, apresentou o elenco ainda no final de 2013, com Francisco Diá como técnico.

Na estreante Copa Verde o "Naça" enfrentou na 1ª fase a equipe acreana Plácido de Castro, empatando em 0 a 0 em Rio Branco e vencendo por 1 a 0 atuando como mandante em Manacapuru. Na 2ª fase enfrentou o Clube do Remo e empatou em 1 a 1 como visitante. O jogo de volta marcou a inauguração da Arena da Amazônia e o Nacional precisava de uma vitória simples ou empate sem gols para se classificar, mas acabou empatando em 2 a 2 e sendo eliminado pelo número de gols como visitante.

Pela Copa do Brasil na 1ª fase eliminou o Esporte Clube São Luiz, de Ijuí-RS; empatando na partida de ida por 2 a 2 como visitante e vencendo em Manaus por 2 a 1, na Arena da Amazônia. Na 2ª fase o Nacional pegou o Corinthians. Sem apresentar grande futebol, o "Leão" foi dominado pelo adversário e derrotado por 3 a 0, sendo assim eliminado da competição.

A última competição em disputa se tornou o estadual. No primeiro turno, a Taça Estado do Amazonas, foi eliminado na semifinal pelo Fast Clube. No segundo turno(Taça Cidade de Manaus), fez uma campanha razoável na fase de grupos; nas semifinais eliminou o Manaus vencendo por 2 a 0 e 3 a 1; na final do 2º turno enfrentou o Princesa (que se mostrava o time a ser batido) e venceu por 2 a 1 e 2 a 0, se qualificando a disputar a final geral contra o próprio Princesa. O Nacional, agora comandado por Sinomar Naves, enfrentava o Princesa em uma final pelo 2º ano seguido e pela 3ª vez na história, sendo que para ele o "Leão" perdeu o título de 2013. O Princesa tinha a vantagem de jogar por resultados iguais, já que tinha de longe a melhor campanha, mas venceu a 1ª partida por 2 a 0, obrigando o Nacional a buscar uma vitória por 3 gols no 2º jogo.

A batalha do SESI.

A 2ª partida foi realizada no Estádio Roberto Simonsen, do SESI. O Nacional fez seu primeiro gol aos 5 do 1º tempo com Bruno Potiguar mas o Princesa empatou aos 30 ainda do primeiro tempo. A partir de então, o Nacional teria de fazer 4-1 para ser campeão. Jogando na pressão, o "Naça" voltou à frente aos 40 do 1º tempo, com Léo Paraíba. Com a volta pro 2º tempo o time mostrou garra e foi todo para frente, não demorando para sair o 3º gol, aos 8 minutos do 2º tempo novamente com Léo Paraíba. O resultado ainda era favorável ao adversário e permaneceu assim até os 37 do 2º tempo, quando João Douglas marcou o 4º gol. Após o 4º gol azulino jogadores do time adversário perderam o controle e iniciaram uma confusão generalizada da qual o jogador Leonardo, do Nacional, acabou sendo agredido na cabeça e saindo do estádio desacordado. O jogo ficou paralisado mais de 20 minutos e logo ao retornar, em meio à desatenção da equipe de Manacapuru, o Nacional marcou o seu 5º gol na partida novamente, com João Douglas. O resultado terminou assim e o Nacional se sagrou campeão numa das maiores reviravoltas da história do futebol amazonense.

2015 - Da nova "Maquinaça" a mais uma decepção.

Em 2015, por voltar a Série D, o clube vinha transmitindo entusiasmo, principalmente por conta da sua folha salarial de até R$300 mil mensais, o que seria a 2ª maior na região norte e uma das mais caras entre a 3ª e a 4ª divisão nacional.

Na Copa Verde de Futebol de 2015 o Nacional iniciou eliminando o Vilhena com resultados de 1 a 0 em Rondônia e 1 a 1 em Manaus. Já na 2ª fase o "Naça" não foi eficiente a acabou eliminado pelo Paysandu após derrota em Belém por 4 a 1 e empate em Manaus por 1 a 1. Sinomar Naves, então técnico desde o ano anterior, foi demitido após a derrota em Belém e Aderbal Lana foi contratado para o restante da temporada. Pela Copa do Brasil de Futebol de 2015 o Nacional estreou enfrentando o Bahia. Em Manaus empatou em 0 a 0. No jogo de volta o Nacional estava se classificando até o último minuto quando a partida estava empatada em 2 a 2, quando o Bahia passou à frente com um gol irregular e se classificou com a vitória por 3 a 2.

Já o estadual foi uma grande ilusão na temporada nacionalina. O clube chegou a 15 vitórias consecutivas e chegou a ser comparado ao time dos anos 70 que era chamado de "Maquinaça". A invencibilidade caiu na 16ª rodada do torneio diante do Nacional Borbense. Na semifinal passou pelo Penarol Atlético Clube para depois enfrentar pelo 3º ano seguido o Princesa do Solimões na final estadual. Venceu as duas partidas decisivas por 1 a 0 e 2 a 1, sendo o primeiro clube a ser campeão na Arena da Amazônia, diante de 6.787 pagantes.

Apesar de ganhar com sobras o estadual, o Nacional não conseguiu levar para a Série D a força que apresentou. Num grupo regional o "clube da estrela azul" acabou eliminado em 3º lugar entre 5 equipes regionais, atrás de Clube do Remo e Rio Branco-AC. A eliminação veio após uma derrota em casa por 2 a 0 para o clube acreano, numa partida onde o time se comportou de forma muito apática. O técnico Aderbal Lana saiu do comando durante o andamento da primeria fase e a equipe fechou a participação sob o comando do português Paulo Morgado, que qualificou o time como irresponsável e que não estava comprometido com a classificação. Na contramão disso, o Nacional chegou a ter a melhor média de público da competição, antes desta chegar a sua fase eliminatória, com média de 6.908 pagantes por jogo, com o maior público sendo de 11.037 pagantes.

2016 - Início da crise financeira

Em 2016 o Nacional veio com a proposta de ser mais "pés no chão" com a ideia de ter um elenco mais barato. A temporada iniciou com a disputa de uma taça amistosa chamada "Leão Forte da Amazônia" disputada com o Clube do Remo em jogo único na Arena da Amazônia. A partida terminou empatada em 1 a 1 e foi decidida nos pênaltis com vitória do Nacional por 5 a 3.

O estadual foi apenas no 2º semestre, então, a primeira competição oficial disputada foi a Copa Verde. No torneio passou pelo Santos-AP após empate em 3 a 3 e vitória por 4 a 2. Pela 2ª fase do torneio enfrentou o Clube do Remo. O primeiro jogo foi disputado no Estádio Ismael Benigno em Manaus e o Nacional foi melhor e vencia até os 90 minutos decorridos, quando o adversário empatou nos acréscimos. No jogo de volta, em Belém, o clube paraense abriu o placar aos 40 minutos do 1º tempo e o Nacional empatou aos 43, mas o gol foi anulado erroneamente; o Nacional dominou todo o 2º tempo mas não conseguiu o gol de empate e acabou novamente eliminado.

Ainda no primeiro semestre, no mês de Abril, disputou a Copa do Brasil e a situação não foi melhor: acabou eliminado pelo modesto Dom Bosco do Mato Grosso com uma derrota por 2 a 0 em Cuiabá e um empate em 1 a 1 em Manaus. Então veio a Série D e um novo fiasco com o Nacional caindo na 1ª fase, apesar do 2º lugar do grupo, já que foi um dos dois piores segundos colocados. O Nacional foi eliminado por conta de um gol de saldo que garantiu o Espírito Santo em seu lugar.

Após a eliminação na Série D, uma completa reestruturação de elenco foi feita e o Nacional acabou trazendo outro time para o estadual, sob o comando de Allan George. O "clube da estrela azul" trouxe por empréstimo jogadores do Atlético Acreano que haviam feito boa campanha na Série D, mas que acabaram não rendendo o esperado. Na competição o "Naça" se classificou com certa facilidade para as finais, ficando em 3º lugar, porem, acabou eliminado na fase Semifinal pelo Princesa após derrota por 2 a 0 em jogo único. Os chamado "pacotão acreano" não mostrou comprometimento e além de inflar a divida do clube na temporada foi o primeiro a "abandonar o barco" após a eliminação no estadual. Ao que se sabe, ali iniciou-se uma grave crise financeira no clube.

2017 - calendário resumido

A temporada de 2017 não poderia começar de pior forma: foi eliminado na fase preliminar da Copa Verde pelo modesto Galvez, do Acre. A equipe azulina empatou o jogo em Rio Branco por 1 a 1, mas a situação tornou-se desfavorável quando, atuando em Manacapuru, teve o jogador Jach Chan expulso ainda no primeiro tempo. A coisa piorou quando saiu o gol do adversário, que primeiramente não valeu mas depois do jogo estar seguindo, foi confirmado. A partida terminou 1 a 0 para os visitantes e o "Naça" foi eliminado.

O Campeonato Estadual voltou ao primeiro semestre, mas iniciou apenas em Março. Num campeonato bastante equilibrado, o Nacional saiu como o melhor da fase regular. Nas semifinais enfrentou o algoz do ano anterior, o Princesa e desta vez saiu melhor empatando em 2 a 2 e depois vencendo por 2 a 0. Na final enfrentou o Manaus, clube que disputava sua primeira final. No primeiro jogo sofreu uma inesperada derrota por 1 a 0 e na segunda partida um empate em 1 a 1 deram ao adversário o seu 1º título estadual.

2018 - As coisas melhoram, mas nem tanto

Em 2018 pela primeira vez o Nacional não disputou a Copa Verde. Pela Copa do Brasil estreou enfrentando a Ponte Preta, em partida única em Manaus que terminou empatada em 0 a 0, com isso o "Naça" foi eliminado por conta do regulamento. A competição a seguir foi o campeonato estadual, onde obteve sua pior campanha na história: um 6º lugar.

Na Série D o clube finalmente conseguiu se classificar, o que não acontecia desde 2013. Passou em 1º lugar num grupo com São Raimundo de Santarém, São Raimundo de Roraima e Real Ariquemes. Na 2ª fase sucumbiu diante do Altos, equipe que vinha em ascendência nacional, perdendo a primeira partida no Piauí por 0 a 3, e vencendo em Manaus por 4 a 2, resultados que resultaram na sua eliminação.

2019 a 2022

No período de 2019 a 2022 o que se viu foi mais do mesmo nas temporadas de futebol do clube: esteve longe de conquistar um campeonato estadual, sequer chegando a final, chegando em 2022 a um jejum de 7 anos sem títulos, o maior na história (o maior período anterior foi de 6 anos entre 1951 e 1956). Em 2019 disputou a Copa Verde, na 1ª fase eliminou o Humaitá-AC com resultados de 1 a 1 e 2 a 0. Depois, enfrentou o Paysandu e no jogo de ida em Manaus acabou derrotado por 0 a 1, no retorno empatou em Belém por 0 a 0, sendo assim eliminado. Outra participação irrelevante do clube nesse período foi na Série D de 2020 onde foi eliminado de forma vexaminosa na fase preliminar da competição perdendo as duas partidas por 2 a 1 para o modesto Ji-Paraná de Rondônia.

Nacional Futebol Clube é um clube brasileiro de futebol, sediado na cidade de Manaus, Amazonas. Foi fundado em 13 de janeiro de 1913 e é um dos mais tradicionais clubes do estado.

O Nacional é conhecido como "Leão da Vila Municipal" e suas cores são verde e branco. Manda seus jogos no Estádio Ismael Benigno, com capacidade para 10.000 pessoas.

O clube conquistou o Campeonato Amazonense 43 vezes, sendo o maior campeão estadual. Também venceu a Copa Verde uma vez, em 2021.

O Nacional representou o Amazonas no Campeonato Brasileiro da Série A em cinco oportunidades: em 1973, 1974, 1975, 1978 e 1982. Seu melhor desempenho foi em 1974, quando terminou na 10º colocação.

O clube também participou da Copa do Brasil em 15 ocasiões, tendo chegado às quartas de final em 2006.

O Nacional é um dos clubes mais populares do Amazonas e tem uma grande torcida em todo o estado. O clube é conhecido por sua garra e determinação, e sempre luta até o fim.