Resultados

Brasil - Campeonato Paulista A2 04/06 18:10 2 [7] Velo Clube v CA Juventus [6] D 0-0
Brasil - Campeonato Paulista A2 03/31 14:10 2 [6] CA Juventus v Velo Clube [7] L 0-1
Brasil - Campeonato Paulista A2 03/27 22:00 3 [3] Ferroviária v CA Juventus [6] W 1-3
Brasil - Campeonato Paulista A2 03/24 14:00 3 [6] CA Juventus v Ferroviária [3] D 1-1
Brasil - Campeonato Paulista A2 03/16 18:10 15 [13] Oeste v CA Juventus [7] W 0-4
Brasil - Campeonato Paulista A2 03/10 13:00 14 [8] CA Juventus v Noroeste [10] D 1-1
Brasil - Campeonato Paulista A2 03/07 23:00 13 [16] Comercial SP v CA Juventus [10] W 1-2
Brasil - Campeonato Paulista A2 03/02 18:00 12 [5] Rio Claro v CA Juventus [10] D 1-1
Brasil - Campeonato Paulista A2 02/25 13:00 11 [12] CA Juventus v Taubaté [10] W 2-0
Brasil - Campeonato Paulista A2 02/21 18:00 10 [14] Primavera SP v CA Juventus [12] D 1-1
Brasil - Campeonato Paulista A2 02/18 13:00 9 [12] CA Juventus v Monte Azul [15] W 3-0
Brasil - Campeonato Paulista A2 02/10 18:00 8 [11] CA Juventus v XV de Piracicaba [12] L 0-1

Estat.

 TotalCasaVisitante
Partidas disputadas 31 15 16
Wins 11 6 5
Draws 11 5 6
Losses 9 4 5
Goals for 37 18 19
Goals against 34 13 21
Clean sheets 11 5 6
Failed to score 10 5 5

O Clube Atlético Juventus, conhecido popularmente como Juventus ou Juventus da Mooca , é um clube desportivo, recreativo e social da cidade de São Paulo, capital do estado homônimo.

Foi fundado em 20 de abril de 1924 por membros da colônia italiana do bairro da Mooca, na zona leste paulistana. O local abriga a sua sede social, localizada na Rua Juventus, e o seu estádio, o Conde Rodolfo Crespi. Tem como cores o grená e o branco.

É tido como um dos mais mais tradicionais da capital paulista. Suas maiores conquistas no futebol foram o Campeonato Brasileiro Série B de 1983, o Campeonato Paulista de 1934 e a Copa Paulista de 2007. Ao todo, o time da Mooca teve uma única participação na divisão de elite do Brasileiro - levando em conta que não participou da Série A 1984 por uma manobra da CBF - 11 na Série B e 8 na Série C.

History

Primeiros anos e ingresso na APEA (1924–1929)

O clube foi fundado como um time amador em 1924 por operários da Cotonifício Rodolfo Crespi, uma fábrica de tecidos de propriedade do Conde Rodolfo Enrico Crespi, a partir da fusão do Extra São Paulo FC e do Cavalheiro Crespi FC, dois clubes de várzea da Mooca na época. Em homenagem ao empresário italiano, o novo clube foi batizado como Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube.

Filiado à Associação Paulista de Esportes Atléticos, o CR Crespi competiu em seus primeiros anos nas divisões intermediárias da entidade. Em 1929, a equipe conquistou o campeonato da Primeira Divisão da APEA — equivalente à atual Série A2 do Paulista. Com essa conquista, o clube foi convidado a integrar a Divisão Principal da APEA da temporada seguinte.

Gramado do Estádio Conde Rodolfo Crespi, o Estádio da Rua Javari.

Em 19 de fevereiro de 1930, a diretoria do CR Crespi aprovou a mudança do nome do clube que, a partir de uma sugestão do Conde Crespi, passaria a ser conhecido como Clube Atlético Juventus — em homenagem à Juventus de Turim.

Em sua estreia na Divisão Principal da APEA em 1930, o clube terminou em 10º lugar entre 14 participantes. O grande momento da temporada juventina foi a vitória por 2–1 sobre o Corinthians — então bicampeão da APEA — no Estádio Parque São Jorge. Com gols de Nico e Piola, esse triunfo imortalizou o apelido Moleque Travesso, dado pelo jornalista Tomás Mazzoni.

No campeonato da APEA de 1932, o Juventus terminou o certame na terceira colocação —somente atrás do Palestra Itália e do São Paulo. A boa campanha fez com que aquele time fosse chamado pela crônica esportiva local de Os Inesquecíveis e Máquina Juventina.

No entanto, uma vez que a APEA havia decidido se transformar em uma liga profissional a partir da temporada seguinte, o Juventus licenciou-se oficialmente da entidade.

Título paulista de 1934 e profissionalismo (1930–1940)

Embora licenciado formalmente da APEA em 1933, o Juventus manteve-se ativo nas duas temporadas seguintes pela Federação Paulista da Football, liga dissidente que defendia o amadorismo. No entanto, como era membro da APEA, a estratégia foi atuar sob a denominação Clube Atlético Fiorentino, incluindo pequenas mudanças no esculo — que ganhou uma flor-de-lis branca —, mas mantendo a cor grená no uniforme.

Foi assim que no campeonato da FPF de 1934, a equipe sagrou-se campeã paulista. O título foi conquistado oficialmente com uma vitória por 5–3 sobre a Ponte Preta, com gols marcados por Euvaldo, Euclydes, Raul, Bellacosa, Moacyr. Ainda naquela temporada, o Fiorentino superou a Ferroviária de Pindamonhangaba, campeã amadora do interior, e se tornou campeão amador unificado da FPF.

O clube retomou suas atividades como Juventus na temporada seguinte. Após se desfiliar da APEA, o clube ingressou, à convite de Corinthians e Palestra Itália, na Liga de Futebol do Estado de São Paulo. Com isso, os juventinos aderiram formalmente ao futebol profissional. Na década seguinte, o Juventus fou um membro fundadore da nova Federação Paulista de Futebol.

Em 1940, o Juventus foi um dos convidados do Torneio Início da temporada, que marcaria a abertura do novo estádio municipal no Pacaembu. Na decisão, o clube foi superado pela Portuguesa de Desportos.

Rua Javarí, a casa do Juventus

Saída dos Crespi e dificuldades em campo (1941–1952)

O Moleque Travesso fez campanhas apenas regulares no Campeonato Paulista ao longo da década de 1940, tendo terminado na maior parte das vezes das posições intermediárias para baixo. A melhor campanha juventina foi no Estadual de 1943, quando o time da Mooca terminou em quarto lugar.

As dificuldades em campo foram reflexo da incorporação de clubes do interior paulista na divisão de elite, o que acirrou a concorrência entre esses times e clubes pequenos da capital como o Juventus. Além disso, a partir de 1948, a FPF instituiu a promoção e rebaixamento entre suas divisões, o que colocaria pressão extra para os juventinos manterem-se na elite estadual. Já no Paulista de 1949, o clube terminou em 10º lugar entre 12 participantes, em que o último colocado era rebaixado para outra divisão.

Diante deste cenário e com os crescentes gastos para manter o departamento de futebol profissional, o presidente Adriano Crespi recebeu uma oferta da diretoria da Ponte Preta de fusão entre as duas equipes. A proposta previa que os juventinos cedessem seus jogadores aos pontepretanos, que em contrapartida assumiriam dívidas e demais funcionários do clube da Mooca. Em votação no final de 1949, o conselho deliberativo grená rejeitou a fusão por 23-10. Derrotado, Crespi afastou-se da diretoria do Juventus, colocando fim a duas décadas da sua família no comando do clube.

Excursões internacionais e rebaixamento no Paulista (1953–1979)

Em 1953, o clube conquistou o Torneio Interestadual Jânio Quadros, competição que também reuniu Bonsucesso, Portuguesa Santista e Ypiranga. Naquele mesmo ano, o Juventus realizou sua primeira excursão internacional, tendo participado de amistosos contra clubes da Italia, Áustria, Suíça, Espanha, Suécia, Alemanha e Iugoslávia. Três anos depois, foi a vez dos juventinos excursionarem para a Argentina.

Já em âmbito interno, o Juventus manteve as dificuldades de temporadas anteriores. Após uma péssima campanha no Paulista de 1954, o clube foi rebaixado pela primeira vez. Graças a uma manobra da FPF, que aumentou o estadual de 14 para 18 equipes, o clube foi promovido através de convite da federação à divisão principal em 1956. Uma exceção no período foi a ótima campanha no Paulista de 1963, quando o Moleque Travesso terminou na quinta colocação.

Outro momento positivo foi a conquista do Torneio Classificatório do Campeonato Paulista de 1971, popularmente conhecido como “Paulistinha”, uma espécie de certamente preparatório que reunia algumas equipes do estado — embora o certame não contasse com Corinthians, Palmeiras, Portuguesa, São Paulo e Santos.

Ainda na década de 1970, o Juventus realizou duas excursões internacionais. Em 1974, ano em que completou 50 anos, o clube venceu o Torneio Internacional do Japão (Asahi International Soccer Tournament), superando a seleção japonesa e o Constanţa, da Romênia.

A maior conquista: a Taça de Prata (1980–1992)

O Juventus viveu alguns de seus melhores momentos no futebol na primeira metade da década de 1980. Graças a boas campanhas no Campeonato Paulista, o time da Mooca pôde competir pela primeira vez em competições nacionais, como a Taça de Ouro (nome da Série A do Brasileiro à época) e Taça de Prata (precursora da atual Série B do Brasileiro). Em 1980, juventinos disputaram pela primeira vez a Taça de Prata, terminando a competição com em oitavo lugar entre 64 times. Dois anos depois, o time disputou novamente a competição, mas terminou apenas em 24º.

A ótima campanha no Campeonato Paulista de 1982, quando terminou entre os cinco melhores, garantiu uma vaga ao time grená pela primeira vez na elite do Campeonato Brasileiro de 1983. No entanto, o clube acabou em penúltimo em sua chave na primeira fase da competição e, após uma nova derrota em uma respescagem contra o Goiás, acabou sendo eliminado precocemente. Como o regulamento previa que equipes eliminadas na primeira fase da Taça de Ouro disputassem a fase final da Taça de Prata daquele mesmo ano, o Juventus ingressou diretamente nas oitavas-de-final deste campeonato. Após passar por Itumbiara, Galícia e Joinville, o Moleque Travesso chegou a final contra CSA. No primeiro jogo, 3-1 para os alagoenses no Estádio Rei Pelé. No segundo confronto, os paulistas venceram por 3-0 no Estádio Alfredo Schürig. Na partida desempate, também no campo corintiano, o Juventus venceu por 1-0 e se sagrou campeão brasileiro da segunda divisão.

Em 1986, o Juventus voltou a surpreender no cenário estadual ao terminar na sexta colocação do Campeonato Paulista daquela temporada.

Declínio e rebaixamentos (1993–presente)

Os anos seguintes foram marcados novamente pela alternância de campanhas modestas e ruins em nível estadual. A péssima performance no Campeonato Paulista de 1993 significou o rebaixamento do clube para a Série A2. Embora tenha retornado à elite estadual em 1996, o Juventus normalmente competia para não ser rebaixado. Em nível nacional, o Juventus conquistou o vice-campeonato da Série C de 1997, o que lhe garantiu o acesso à Série B de 1998. Contudo, o Moleque Travesso fez uma campanha ruim e foi rebaixado para a Série C de 1999.

A partir da década de 2000, o Juventus voltou suas atenções ao nível estadual. Em 2002, o time grená obteve um quarto lugar no Paulista, mas o torneio não teve os principais clubes do Estado, que disputavam o Torneio Rio-São Paulo naquele ano. Em 2004, o clube foi rebaixado para a Série A2 após perder para o São Paulo por 2 a 1 com dois gols do atacante Grafite, resultado que acabou evitando o rebaixamento do Corinthians (que também havia perdido seu jogo) naquele estadual, fato esse que repercutiu muito. Em 2005, a torcida grená ainda teve um motivo para festejar, após o clube se sagrar campeão da Série A2 na final contra o Noroeste, retornando à elite do futebol paulista. Mas pelos anos seguintes, o clube experimentaria novos rebaixamentos, inclusive para a Série A3 estadual — equivalente à terceira divisão da FPF. Um último bom momento foi a conquista da Copa Paulista de 2007, título que garantiu ao clube disputar pela primeira vez a Copa do Brasil.


O Clube Atlético Juventus, mais conhecido como CA Juventus ou simplesmente Juventus, é um clube de futebol brasileiro da cidade de São Paulo, capital do estado homônimo. Foi fundado em 20 de abril de 1924 por imigrantes italianos e mantém como suas cores oficiais o grená e o branco.

O Juventus tem como principais conquistas a Taça dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo de 1933, o Campeonato Paulista da Série A2 de 1929, o Campeonato Paulista da Série A3 de 1955 e o Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 1997. Além disso, foi vice-campeão do Campeonato Paulista de 1930 e da Série C do Campeonato Brasileiro de 1998.

O clube ficou conhecido nacionalmente pelo folclore que criava a cada jogador que se destacava. Apareceram personagens como Apolônio (craque do clube na década de 1930), Filpo Núñez (argentino, foi um dos maiores artilheiros da história do clube), Hermano Setembrini (argentino, marcou o gol do título do Campeonato Paulista de 1930), Zezé Procópio (foi o primeiro brasileiro a jogar no Barcelona), Kleber Pereira (destacou-se no clube no final dos anos 1990 e início dos anos 2000), entre outros.

O Juventus manda seus jogos no Estádio Conde Rodolfo Crespi, que tem capacidade para 4.027 torcedores. O clube também possui um Centro de Treinamento moderno, localizado no bairro de Perus, na Zona Norte da cidade de São Paulo.

O Juventus é um dos clubes mais tradicionais do futebol paulista e tem uma torcida apaixonada. O clube é conhecido como "Moleque Travesso" e sua mascote é o Periquito.